
PS Porto apela ao diálogo entre município e músicos do STOP
O STOP é património da cidade e é fundamental preservar a sua dinâmica cultural
Ao longo dos últimos anos, o STOP transformou-se num dos mais importantes centros de criação musical do país. Centenas de músicos têm ali desenvolvido os seus projetos, num contexto de liberdade, pluralidade e integração na comunidade.
Os problemas de segurança, propriedade e licenciamento das lojas do STOP são conhecidos há muitos anos, não devendo ser menosprezados, até porque eventuais
falhas na avaliação das condições de segurança (como prevenção de incêndios) implicam directamente o município. Sabemos também que existem dificuldades
relacionadas com a dispersão dos proprietários privados das lojas, que têm impedido soluções e em relação aos quais os poderes públicos não se podem substituir.
A consciência desta complexidade não pode fazer-nos, porém, concordar com a ação de despejo e a forma como ela foi feita. Tratou-se de uma ação desproporcionada que suspendeu o trabalho de centenas de músicos, impediu o acesso às instalações sem pré-aviso e não assegurou a necessária continuidade dos projetos em curso: não tinha de ser assim e houve tempo para evitar este desfecho.
“O STOP é um projeto cultural único no país, notável e vibrante, que convoca necessariamente a autarquia como parte interessada para a sua manutenção.
O Porto não pode perder o património cultural do STOP. Apelamos, por isso, a que seja rapidamente encontrada uma solução participada pelos músicos, com diálogo e bom senso entre todos, dando continuidade ao projeto do STOP”Tiago Barbosa Ribeiro, líder do PS Porto e vereador na Câmara Municipal do Porto, 19 julho 2023.